Agora que já percorremos as definições de conscientização e
engajamento, fica mais fácil entender a diferente entre eles:
- enquanto a conscientização visa os porquês, o engajamento visa
os comos;
- enquanto a conscientização trabalha no campo
filosófico (na mentalidade das pessoas), o engajamento trabalha no
dia a dia do processo (na execução);
- enquanto a conscientização mostra o que é
preciso ser feito e porque é preciso ser feito, o engajamento estimula que
as coisas sejam feitas;
- enquanto a conscientização “é alcançada
quando as pessoas entendem” a empresa e seus processos, o
engajamento é alcançado quando as pessoas executam as
cosias e promovem melhoria contínua;
- Enquanto a conscientização corresponde ao
campo das ideias, o engajamento é o “fazer acontecer”.
Assim, o que precisa ficar muito claro nesse tópico é que a
consciência está ligada à intenção que empregamos ao fazer as coisas.
Já o engajamento está ligado à ação, à execução de atividades que
ajudem a alcançar os objetivos.
O que é mais
importante: conscientização ou engajamento?
É aqui que o maior erro habita!
Pois não é possível fazer distinção entre mais e menos importante quando se
fala de conscientização e engajamento. Ambos são igualmente importantes e devem
ser trabalhado de forma conjunta.
Quando você trabalha apenas a conscientização, sua empresa tende a ter
muito puxa-saquismo e pouca gente que realmente se engaja nas atividades e
tarefas. Quando estimula o engajamento de forma desleixada, focando apenas na
execução, então você desestimula a melhoria contínua (como as pessoas não sabem
porque executam as tarefas, elas apenas o fazem de forma mecânica e
distante, assim não entendem como as rotinas e tarefas podem ser
melhoradas e, igualmente, não o fazem).
Esclareça o
resultado das ações
Quando as distinções entre conscientização e engajamento não estão
claras, é comum aplicar atividades, dinâmicas ou treinamentos focando
engajamento, mas trabalhando a conscientização (ou vice-versa). Assim, é
extremamente importante entender o que estamos trabalhando.
Além disso, há dois aspectos importantes a levar em conta:
- toda ação de conscientização ajuda a estimular
engajamento;
- toda ação de engajamento deve ter início na
conscientização.
Toda vez que você trabalha o porquê das coisas, direta ou indiretamente
está também estimulando as pessoas a executarem as ações. Isso ocorre,
pois, uma das intenções de trabalhar conscientização é explicar a
importância e o impacto das coisas.
Quando você demonstra de forma eficaz que algo é
importante para e empresa e para os processos, existe a tendência de que as
pessoas liguem a atenção a esses fatores e os coloquem no radar de execução.
Dessa forma, o 1º passo para o engajamento pleno é a conscientização.
Somente depois de entender por que as atividades e tarefas são importantes é
que o colaborador vai se engajar e executá-las no seu dia a dia.
Colaborador
engajado ou colaborador conscientizado?
Também é importante entender que nem sempre conscientização de
engajamento andam de mãos dadas. Afinal:
1.
É possível que um colaborador seja consciente de suas responsabilidades
e influência no processo e,
mesmo assim, não esteja engajado;
2.
Igualmente, pode acontecer de um colaborador estar engajado em
atividades que ele não sabe por que precisa executar.
Ambos os casos são ruins e prejudiciais a empresa. No 1º, porque
atividades importantes do processo (como a tratativa de uma NC, por exemplo)
podem não ser executadas. No 2º, porque atividades que não agregam valo ao
processo (ou até mesmo o prejudicam) vão continuar sendo executadas
inconscientemente.
Assim, é preciso identificar em qual nível de
consciência as pessoas estão. Tendo clareza desse momento e das
diferenças entre conscientização e engajamento, é possível trabalhar de forma
assertiva para ajudar as pessoas a priorizar as atividades e executar o que
realmente vai ajudar a empresa.
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