sexta-feira, 24 de julho de 2015

Concorrido vestibular chinês usa até drone para evitar cola

Todos os anos, mais de 9 milhões de estudantes na China fazem o vestibular unificado chinês, conhecido como gaokao. Este ano, a prova foi realizada na semana passada.
Mais de 9 milhões de estudantes chineses fizeram prova este ano
Reprodução/BBC
Mais de 9 milhões de estudantes chineses fizeram prova este ano
Pelo alto número de concorrentes e a importância dada ao diploma na busca por um emprego, dá para entender porque as autoridades usam até drones para evitar fraudes.
Mesmo assim, centenas de pessoas foram desclassificadas em várias províncias por tentativas de burlar o sistema. Passar no gaokao é a única forma de entrar na universidade na China. Os alunos sofrem pressão não apenas da família, mas da sociedade como um todo.
Muitos estudantes, pais, professores e políticos criticam esse sistema de prova única, dizendo que ela não leva em conta a criatividade dos estudantes, que o gaokao - cujas matérias obrigatórias são matemática, chinês e uma língua estrangeira - privilegia a famosa decoreba.
Mas o fato é o gaokao praticamente define as chances de sucesso na vida dos jovens chineses, em particular os que vêm de famílias mais pobres, já que, na China, ter um diploma universitário é essencial para conseguir um emprego. E, quanto melhor a universidade, melhor o emprego.
Vigilância
As autoridades usam câmeras de seguranças e detetores de metal na entrada das escolas para evitar que estudantes entrassem com smartphones ou relógios computadorizados.
As provas também são rastreadas por sistema de GPS até serem entregues aos colégios onde serão aplicadas. Na província de Henan, funcionários chegaram a usar um drone com um scanner de rádio para pegar trapaceiros.
O veículo aéreo não tripulado voou sobre dois centros de exame na cidade de Luoyang em busca de sinais de rádio, segundo o site do Departamento de Educação. Segundo os funcionários, sinais de rádio poderiam indicar que informações estavam sendo enviadas a dispositivos introduzidos ilegalmente nos locais de prova. Este ano, nenhuma atividade suspeita foi detectada pelo drone. Mas alguns estudantes foram flagrados tentando colar.
As autoridades de um colégio da região autônoma da Mongólia Interior desclassificaram 1.465 estudantes, incluindo os filhos de vários funcionários do Partido Comunista, após a descoberta de que eram "imigrantes ilegais do gaokao", segundo o Beijing News Daily.
Essa região do norte da China atrai estudantes de todo o país porque a exigência de pontuação para ser aprovada é mais baixa que em outras províncias, por ser uma área menos povoada. Cada província determina sua própria série de perguntas para o gaokao, e o exame da Mongólia Interior é visto como um dos mais fáceis.
Mas um estudante só pode fazer a prova lá se cumprir a exigência de ter estudado em um colégio local por pelo menos dois anos. Não se sabe ainda como os estudantes desclassificados conseguiram chegar a ponto de fazer a prova.A polícia também descobriu, nas províncias de Hubei e Jiangxi, um sindicato que pagava pessoas para se fazer passar por estudantes e faziam a prova por eles. Nove pessoas foram detidas depois que as atividades do sindicatos foram reveladas pelo jornal Southern Metropolis Daily.
Este ano, entre os jovens rostos de estudantes que faziam o exame em Nanquim, estava Wang Xia, de 86 anos, provavelmente o aspirante a universitário mais velho do país.
Wang, cuja educação formal se resume a um curso técnico de enfermeiro, sempre sonhou em ser médico. Ele prestava o vestibular pela 15ª vez após ser reprovado em todas as tentativas anteriores.
"Não jogo, não tenho nenhum hobby particular, mas adoro ler e aprender. Talvez outras pessoa não aprovem, mas quero passar na prova, é meu pilar espiritual", afirma.
Pais
Os organizadores das provas têm de lidar não apenas com o nervosismo dos estudantes, como também com a ansiedade dos pais. Alguns colégios criaram unidades de assistência para os pais que esperavam do lado de fora dos locais de prova, onde foram colocadas cadeiras sob guarda-sóis e servido água.
Em Pequim, essas unidades estavam equipadas com remédios para casos de insolação, segundo o Quianlong News. 
Enquanto isso, o Ministério da Educação se viu inundado de queixas de pais na província de Anhui, depois que estudantes reclamaram que era difícil escutar o áudio das provas de compreensão de inglês por problemas no alto-falante. No final, foi permitido que cerca de 1.200 estudantes refizessem a prova.
PORTAL IG.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Tecnologia em 3D salva vida de criança com hidrocefalia na China

Mulher se emociona segurando a mão da menina Hanhah, de 3 anos, após ela se recuperar de uma cirurgia na qual 3 peças de titânio substituíram parte de seu crânio em Changsha, na China. A menina sofre de hidrocefalia e precisará passar por novas operações (Foto: Reuters/Stringer)
Uma criança chinesa de três anos implantou em seu crânio três peças de titânio feitos em impressoras 3D, uma alternativa cirúrgica para tratar hidrocefalia.
A doença é uma grave anomalia neurológica que aumenta o volume do espaço contendo fluidocerebrospinal, o que provoca pressão sobre o cérebro.O procedimento foi realizado em um hospital de Changsha, na província de Hunan, na China, nesta quarta-feira (14). De acordo com a mídia local, a criança, que se chama Hanhan, deve realizar mais cirurgias para diminuir o tamanho do crânio.Em uma das imagens divulgadas pela agência Reuters, uma tia de Hanhan se emociona ao ver a criança se recuperando após a cirurgia.

G1

Espermatozoide de 50 milhões de anos é encontrado na Antártica


Especialistas descobriram um espermatozoide animal de 50 milhões de anos, o mais antigo já encontrado. A descoberta foi num casulo na Antártica.
Acredita-se que espermatozóide seja o mais antigo já encontrado (Foto: Biology Letters/BBC)
O espermatozoide pertence a uma família que inclui minhocas e sanguessugas, segundo os pesquisadores do Museu Sueco de História Nacional.
Acredita-se que a descoberta, divulgada na publicação Biology Letters, seja 10 milhões de anos mais velha que o registro anterior.
Cientistas dizem que o esperma fóssil Clitellata é muito parecido com o esperma de vermes de lagostas, que se alimentam de matérias encontradas na parte externa do corpo do animal.
"Pode parecer que (a amostra) esteja preservada em detalhes perfeitos mas, no final, a estrutura em si está fossilizada", disse o paleontologista Benjamin Bomfleur, da equipe que fez a descoberta.
"Temos a forma exterior e a forma das células do espermatozoide preservadas. Podemos até ter uma formação anatômica interna das células do espermatozoide ainda preservada, mas não temos certeza sobre isso ainda."

G1

sábado, 11 de julho de 2015

Estudante cai em golpe na internet ao pagar empresa para fazer monografia

Uni Monografias é acusada por estudantes de aplicar golpes. (Foto: Reprodução)
Em busca de ajuda para concluir sua monografia, o estudante Rafael Dias, de 27 anos, diz ter sido vítima de um golpe. Ao optar por contratar uma empresa na internet para redigir o material, ele perdeu R$ 625 e um semestre da faculdade. A reclamação do estudante foi enviada através do VC no G1.
Um especialista em direito digital consultado peloG1 diz que a reparação pode ser difícil e que o estudante ainda correu risco de ser acusado de plágio e ter problemas na faculdade caso o trabalho terceirizado fosse entregue (leia mais abaixo).

G1 tentou contato com a Uni Monografias, empresa contratada pelo estudante, mas não obeteve retorno. A empresa não disponibiliza telefones para contatos em seu site, apenas endereço de e-mail.

Ele cursa engenharia de telecomunicações e em seu último semestre da faculdade encontrou dificuldades para realizar o trabalho final para concluir seu curso. “Eu tinha bastante material já separado, mas não conseguia elaborar uma linha coerente”, contou o estudante ao G1.
Por isso, Rafael contratou pela internet o serviço da Uni Monografias, uma empresa que iria redigir seu trabalho, conforme as pesquisas enviadas por ele. O custo total pela monografia seria de R$ 2.500,00 e Rafael teve que dar um quarto do valor adiantado (R$ 625,00).
Até esse ponto, eu mandava e-mail e eles me respondiam na mesma hora. Dois dias depois do depósito, falaram que iam dar início à monografia"
Rafael Dias,
estudante de engenharia de telecomunicações
“Até esse ponto, eu mandava e-mail e eles me respondiam na mesma hora. Dois dias depois do depósito, falaram que iam dar início à monografia”, lembra Rafael.
A empresa informou que a cada 30 dias iria mandar para Rafael prévias do trabalho, para que ele aprovasse e desse direcionamentos para a pesquisa. Todos os contatos entre o estudante e a Uni Monografias foram feitos por e-mail.
Com a aproximação do primeiro prazo, Rafael procurou a empresa, que já não respondia mais aos seus e-mails. Ele simulou novos pedidos de orçamento e, quando a empresa prontamente retornou, Rafael ficou desconfiado. “Uma amiga me falou do Reclame Aqui e vi que muita gente estava reclamando deles, que não entregavam no prazo ou com plágio”, afirma o estudante.
A monografia finalizada deveria ter sido entregue no dia 30 de junho, mas sem retorno da empresa e com pouco tempo para realizar um novo trabalho, Rafael terá que fazer mais um semestre para concluir sua faculdade.
Direitos
Para Leandro Bissoli, advogado especialista em direito digital, Rafael foi descuidado. “A primeira estratégia para contratar um serviço é tomar as devidas precauções no que diz respeito a própria empresa”, afirma Bissoli. “Provavelmente essa empresa nem existe. Deve ser uma pessoa física que realiza esse serviço”.

O advogado explica que, mesmo tentando burlar um sistema, Rafael tem direitos. “[Ele pode entrar] com uma medida judicial, pedindo o ressarcimento do valor pago e danos morais”.
Se pensarmos em uma linha educacional ou de uma diretriz ética, eu acredito que o magistrado não daria uma decisão favorável para o estudante ganhar uma indenização por isso. Talvez o magistrado daria uma bela advertência"
Leandro Bissoli,
advogado especialista em direito digital
Mas Bissoli admite que o ganho da causa de danos morais seria controverso. "É difícil conseguir uma reparação por esse prejuízo (...). Se pensarmos em uma linha educacional ou de uma diretriz ética, eu acredito que o magistrado não daria uma decisão favorável para o estudante ganhar uma indenização por isso. Talvez o magistrado daria uma bela advertência", afirma o advogado.
O especialista também aconselha que, antes de contratar qualquer serviço online, se verifique a legitimidade do site, procurarando por informações e reclamações sobre a empresa em site especializados. “A rede já fomenta essa pesquisa para ajudar inclusive o consumidor”, explica.
Se Rafael tivesse entregado para a faculdade a monografia comprada, poderia ter enfrentado outro problema: o plágio. "Num caso desses, o estudante iria responder também, porque é ele quem está fazendo o uso de um trabalho copiado, ele que assumiria essa responsabilidade", diz Bissoli.
Além do prejuízo financeiro, Rafael levará mais tempo para conseguir seu diploma. Mas ele aprendeu a lição? "Cheguei a fazer uma nova cotação de empresa [de monografias], mas comecei a fazer o TCC com meu pai", esclarece o estudante.

FONTE: G1

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Ouro na matemática, trigêmeas do ES não tinham nem internet em casa

 Fábia, Fabiele e Fabíola são trigêmeas e ganharam ouro na Olimpíada de Matemática (Foto: Guilherme Ferrari/ G1)
Fazer contas não deve ter sido algo complicado para o casal de agricultores Lauriza e Paulo Loterio. Principalmente depois do nascimento das filhas trigêmeas, quando praticamente tudo na vida da família passou a ser em dose tripla. Não foi diferente com as vitórias obtidas pelas filhas.
No ano passado, Fábia, Fabiele e Fabíola, hoje com 15 anos, conquistaram as melhores notas do Espírito Santo na 10ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). No dia 20 de julho, elas vão até o Rio de Janeiro receber as medalhas de ouro.
Vida na roça
A família Loterio vive no distrito de Rio do Norte, no município de Santa Leopoldina, no Espírito Santo, a 51 quilômetros de Vitória.

Morando numa casa simples, sem acesso à internet, e a uma distância de 21 quilômetros da escola de Ensino Médio, eles trabalham cultivando verduras e hortaliças.
Conselho de mãe
Sabendo da vida difícil da roça, os pais sempre procuraram incentivar os filhos a estudar. “Mostro pra elas como é a vida na roça. Falo que elas têm que estudar para poder ter um futuro melhor, porque a gente está aqui com muita dificuldade, e eu não quero vê-las na mesma situação”, contou Lauriza.



Fotografado estudando na rua, garoto filipino recebe enxurrada de doações

Daniel Cabrera ficou famoso nas Filipinas depois de ser "flagrado" estudando na calçada. (Foto: Joyce Gilos Torrefranca/Reprodução/Facebook)
Um garoto filipino sem-teto ganhou uma bolsa de estudos e doações de dinheiro e materiais escolares depois que uma foto sua foi postada no Facebook por uma estudante. Na imagem, Daniel Cabrera, de nove anos, aparecia fazendo deveres de casa na calçada de um estacionamento, aproveitando a luz de uma lanchonete McDonald's próxima.
De acordo com a agência de notícias AFP, a mãe de Daniel, Maria Christina Espinosa, é viúva e vive com dois filhos no minimercado onde ela trabalha desde que a casa da família, em uma favela de Mandaue, na província filipina de Cebu, foi consumida pelo fogo.
Espinosa ganha cerca de 80 pesos filipinos (R$ 5,60) por dia trabalhando como atendente na loja e é empregada doméstica na casa dos donos do estabelecimento. Ela também vende cigarros e doces nas ruas para complementar a renda.
No Facebook, estudante disse: "Fui inspirada por um garoto"  (Foto: Reprodução/Facebook)
No Facebook, estudante disse: "Fui inspirada
por um garoto" (Foto: Reprodução/Facebook)
Todas as noites, segundo ela, Daniel usava a luz da lanchonete para fazer os deveres de casa. Ele cursa o terceiro ano do ensino fundamental.
No final de junho, um destes momentos foi registrado pela estudante Joyce Torrefranca, de 20 anos, que afirmou ter sido "inspirada" pela criança.
O post original foi compartilhado por mais de sete mil perfis do Facebook, que exaltavam, em diversas línguas, a importância dos esforços do garoto. Torrefranca disse à rede de TV local ABS-CBN que "como estudante, aquilo me tocou profundamente".
As fotos também chamaram a atenção do portal de notícias filipino Rappler, que iniciou uma campanha para recolher doações ao garoto – e a outras crianças na mesma situação que ele – após encontrá-lo no mesmo local da foto dois dias depois.
Em entrevista ao site, em vídeo, Daniel disse ter um terço preso a seu único lápis, para que ele não seja roubado. Ele também mostrou o local onde dorme com a mãe e o irmão Gabriel, de sete anos, rodeados por bancos de madeira.

FONTE: G1

OPORTUNIDADES!!!!!!!!!!!!


FONTE:DN