segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Coreia do Sul e Japão fecham acordo sobre escravas sexuais

Os ministros de Relações Exteriores do Japão (esq.) e da Coreia do Sul, após o encontro.
Depois de doze rodadas de negociações, a reunião entre os titulares de Relações Exteriores dos dois países em Seul terminou com o saldo de uma “resolução final e irrevogável” desse espinhoso capítulo de sua história. “Esse assunto feriu profundamente a honra e a dignidade de muitas mulheres (...), o Governo japonês se sente altamente responsável por isso”, afirmou o chanceler japonês, Fumio Kishida. Ele também expressou “desculpas e arrependimento, de coração”, de parte do chefe do Governo, o primeiro-ministro Shinzo Abe, de acordo com a agência sul-coreana Yonhap.
A Coreia do Sul havia anos pedia que o Governo japonês expressasse desculpas formais e desse uma compensação para as vítimas antes que morressem (atualmente restam somente 46 sobreviventes no país, e todas com mais de oitenta anos), enquanto o Japão defendia que os assuntos decorrentes do período de colonização do país entre 1910 e 1945 já tinham sido encerrados com o acordo que normalizou as relações bilaterais, em 1965. Durante seu primeiro mandato como primeiro-ministro, Abe chegou a rejeitar que o Exército do Japão tivesse utilizado “mulheres de conforto” sul-coreanas, termo do qual teve de se retratar depois dos fortes protestos da Coreia do Sul, que até ameaçou com graves consequências nas relações diplomáticas.
O acordo põe em andamento um fundo de compensação às vítimas, que será administrado pelo Governo sul-coreano, no qual o Japão colocará 1 bilhão de ienes (cerca de 33 milhões de reais) dos cofres públicos. Nos anos noventa já havia sido estabelecido o Fundo de Mulheres Asiáticas, uma iniciativa japonesa para tal finalidade, mas muitas das vítimas não aceitaram as indenizações porque o projeto era administrado por cidadãos japoneses e não pelo Governo, o que interpretaram como um perdão pela metade.
Kishida disse que o pacto “marca o início de uma nova era nos laços entre a Coreia e o Japão”. Os dois países, apesar de aliados dos Estados Unidos na região e de dependerem economicamente um do outro, tinham reduzido enormemente seu diálogo e até os intercâmbios comerciais desde que Abe e a presidenta sul-coreana, Park Geun-hye, tomaram posse no final de 2012 e início de 2013, respectivamente. A partir daí ambos reavivaram, com finalidade política, o nacionalismo em seus países, mas suavizaram suas posições nos últimos meses.
A primeira reunião bilateral entre Park e Abe foi no início de novembro e nela ficou patente a vontade comum de solucionar o conflito sobre as escravas sexuais, como prioridade. Park disse publicamente que esperava que a questão se resolvesse antes do término deste ano, que marca o 70º aniversário do fim da II Guerra Mundial e meio século após a normalização das relações bilaterais.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Governo Dilma tem aprovação de 9% e reprovação de 70%, diz Ibope

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (15) mostra os seguintes percentuais de avaliação dos eleitores ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT):

- Ótimo/bom: 9%
- Regular: 20%
- Ruim/péssimo: 70%
- Não sabe: 1%
Arte da pesquisa Ibope/CNI de dezembro de 2015 (Foto: Editoria de Arte / G1)
A divulgação dos percentuais ocorre em meio ao processo de impeachment da presidente da República, aberto há cerca de duas semanas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O levantamento do Ibope, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi realizado entre os dias 4 e 7 deste mês e ouviu 2.002 pessoas, em 143 municípios. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

A última pesquisa do Ibope encomendada pela CNI, divulgada em setembro, apontava que 10% dos eleitores aprovavam o governo (consideravam "ótimo" ou "bom"); 69% dos entrevistados avaliavam a administração Dilma como "ruim" ou "péssima"; e 21% consideravam a gestão "regular".

O nível de confiança da pesquisa, segundo a CNI, é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.
'Maneira de governar'
A pesquisa divulgada nesta terça também avaliou a opinião dos entrevistados sobre “a maneira de governar” da presidente: 14% aprovam; 82% desaprovam; e 4% não souberam ou não responderam.
Além disso, 18% disseram confiar na presidente, enquanto 78% afirmaram não confiar, e 3% não souberam ou não responderam.
Na comparação com o primeiro governo Dilma, 2% dos entrevistados consideram o segundo mandato dela “melhor”. Para 81%, a atual gestão é “pior” e 15% dizem ser “igual”.
Segundo mandato
Ainda de acordo com a pesquisa Ibope, 9% dos entrevistados avaliam como “ótimo/bom” as perspectivas em relação ao restante do mandato de Dilma à frente do Planalto, enquanto 65% dizem acreditar que o governo será “ruim/péssimo”. Para 20%, será “regular”.

FONTE: G1

Pesquisa mostra como jovens lidam com a insatisfação no trabalho


Candidatos apostam em estágio para garantir vaga no primeiro emprego (Foto: Reprodução/EPTV) 


Pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios - Nube mostrou que a maioria dos jovens preferem resovler os problemas rapidamente quando possuem algum tipo de insatisfação no trabalho.
Questionados sobre como mostram sua insatisfação com alguém no trabalho, 83,5% ou 8.317 pessoas responderam que "fala na hora e tenta resolver o problema".
Em seguida apareceram as respostas: fechar a cara com 7,7% (776), saio do ambiente nervoso com 3,65% (363) e compartilho com outras pessoas com 3,54% (352).
"A geração Y é determinada e busca constantemente desafios e feedbacks. Para eles, é importante expressar a sua opinião", garante Greici Daniel, analista de treinamento do Nube. Porém, a especialista releva: "é importante saber ponderar para não agir por impulso e de forma precipitada, mas com atitudes maduras e responsáveis", afirma.
Greice ressalta a importância do diálogo no ambiente de trabalho. "Não há como resolver um problema sem ao menos ouvir a outra parte envolvida”. Dessa forma, a comunicação se torna a base para resolver tais conflitos e contribui para encontrar possíveis soluções.
A pesquisa ficou disponível entre os dias 16 e 27 de novembro e 9.954 participantes deram sua opinião.Por outro lado, compartilhar as decepções com os demais pode ser positivo, pois outros pontos de vista são apresentados e as ações podem se tornar mais assertivas.
Após certos atritos, é comum muitos terem certa dificuldade para retomar suas tarefas: 1,57% ou 156 pessoas elegeram a opção "não consigo fazer minhas atividades". "Quando isso ocorre, talvez seja uma boa hora para levantar, tomar um café ou beber água. Assim, quando estiver mais tranquilo, terá melhores condições de realizar suas funções", ressalta Greici.
Buscar orientações com membros da equipe mais experientes e conversar com seu gestor também são boas formas de evoluir profissionalmente.

FONTE: G1